A banda de rock paulistana, se lançou como "Vallente" em dezembro de 2011. Contam com cinco integrantes: Natan (Vocal), Wagner (Bateria), Fernando (Guitarra e backing vocal), Pedro (Guitarra solo), Guilherme (Baixo).
Confere o que contaram para nós sobre o álbum "Vida sem dó", cena independente e relação com os fãs.
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Foto: Reprodução\Facebook |
Em meados de 2009,
vocês se conheceram e criaram a “Helf”. Com o passar dos anos muita coisa além
do nome da banda, mudou. O que vocês diriam para si mesmos naquele comecinho? O
que mais mudou sobre o sonho de ter uma banda e ser reconhecido por isso?
Diríamos: “Caras, ter banda é muito mais do que dizer “tenho banda”. A
frase parece confusa, mas com o passar do tempo nós percebemos que as bandas
que vão além são as que fazem, falam e fazem. É muito comum bandas de início de
carreira não terem muita organização, se encontrarem uma vez por mês e depois desanimarem porque não vão para frente. E não vão porque a banda não é encarada
como um projeto de vida, um projeto pessoal. Quando a nossa visão mudou,
percebemos que fluiu muito melhor. Hoje, por exemplo, se levantamos algum dinheiro
legal em algum show nós sentamos, conversamos e vemos o que vai trazer mais
retorno: um clipe? Uma sessão de fotos? Uma câmera de vídeo para gravações?
Coisa que não faríamos lá atrás.
O disco “Vida Sem Dó” foi lançado em
novembro passado e traz crônicas sobre a vida urbana. A mensagem é reforçada na
letra de “Berrini”, single e sexta faixa do álbum com o trecho “a vida é uma só, viva sem dó”. Como surgiu a
ideia de relatar essas experiências? Há vivências pessoais nas letras?
Foi algo bem natural, não muito pensado. O Natan (vocal) sempre gostou da
ideia de ter letras diretas, com início/meio/fim, com sentido e não apenas
palavras bonitas jogadas em uma ordem. Dessa forma, as composições dele têm o
objetivo de enviar uma mensagem, sempre bebeu das próprias vivências assim como
as experiências dos integrantes também. “Luz, Amor ou Dor” fala da dificuldade
em conseguir se apaixonar por alguém, que
ele viveu há tempos. “Breja e Brasas” nasceu de um texto dele que explicava (ou
tentava) o porquê das pessoas beberem tanto e usarem drogas num final de
semana. A resposta é: se embriagar de liberdade pra curar a febre que a rotina
dá. Por fim, temos vivências pessoais por todo o CD.
A capa do disco,
desenvolvida pelo Pedro Muniz, é um pulmão e retrata bem o nome que foi
decidido para álbum. Como chegaram à ideia final?
O Natan falou para o Pedro que gostaria de uma capa simples e, se possível,
que a capa tivesse um elemento que significasse vida para tentar expressar a
“Vida sem Dó”. Depois de passar por caveira e flor, o Nando (guitarra base) deu
A IDEIA: “Por que não um pulmão?”. Falei pro Pedro, ele pirou e o resultado foi
esse ai.
Vocês acreditam que a
qualidade da música nacional tem se fortificado? Estamos vivendo um bom momento
para a cena underground?
Acreditamos que tenha se fortificado sim e isso porque o número de bandas
com material de qualidade aumentou muito. É só olhar Scalene, por exemplo. O
Pedro (guitarra solo) sempre defendeu a ideia de que a cena melhoraria quando
houvesse uma profissionalização por parte de todo o “ecossistema” underground, casas de show com melhores condições físicas, bandas com boa música, bem
gravada com bons clipes e, claro, blogs/portais do underground também mais
profissionalizados. Uma vez que isso for alcançado (estamos andando para isso,
mas ainda um pouco longe) as pessoas saíram de casa pra ir num show, as marcas
apoiarão mais e por ai vai.
A Fan Page da banda está alcançando os 3 mil likes, os
fãs enviam ilustrações inspiradas em músicas e já se nota a quantidade de admiradores do trabalho de vocês. Como é essa relação com os fãs?
Uma das coisas que mais adoramos é que (esperamos que isso continue na
medida do possível) somos bem próximos aos fãs. É muito comum, em algum
momento, algum fã sair com a gente e um (Gustavo Fiorelli) já chegou até a
viajar com a gente. Esse cara foi no primeiro show da banda e desde então virou
nosso irmão. O legal da vida é conhecer gente nova e bacana e o bom de ter
banda é que isso acontece diariamente.
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Fica o agradecimento à todos eles pela simpatia e por ter cedido tempo para responder as perguntas.
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